sábado, 2 de abril de 2011

Em mar que tem tubarão piranha voa


Cá estou eu de novo...brasileiro nato...se não morro eu mato essa desnutrição. (desculpe, não resisti ao plágio Raulzito))
Cá estou eu de novo, ensaiando mea culpa.
É que aqui nessa beira de praia onde moro, o mar não está para peixe. E na falta de com que fazer o pirão, fui pescar com o tubarão.
Na verdade não saí de casa, vara e linha na mão, pensando nessa parceria odiosa. Eu já estava com minha rústica, charmosa e ideológica canoa em alto mar. Eram altas horas e sem uma piabinha sequer na cangaia. Pensei na cria lá em casa, barriguinha pronta pra açambarcar um filé de merluza, mas a isca terminou. Nesse instante apareceu o tubarão oferecendo uma parceria. Eu ajudava ele na rede de arrasto, em troca levava pra casa peixe bom pra um mês ou até mais. Entenda, eu já estava em alto mar e na minha frente era o tubarão. Não tive como dizer não. Sabendo que o arrasto arrasa com tudo e com todos à volta. Eu via em minha frente apenas um prato de comida. E arrastei.
Na verdade ainda não arrastei. To no barco com o Tuba, ainda não disse a ele NÃO. Tampouco ainda puxei o arrasto. Posso ainda pular da catraia e ver se me salvo. Se consigo chegar à praia com vida pra regurgitar resto de comida na boca do meu filho.
Estou pra decidir e, se Deus é brasileiro (e se tiver os mesmos poderes do Antônio Fagundes) há de fazer chover em minha catraia peixe bom pra seis meses. E ainda janto o fígado desse Tutubarão.
TECLA SAP:
Rústica, charmosa e ideológica canoa = Minha caneta e minhas idéias
Alto Mar =  Mostra de Cinema de Itacaré
Tubarão = Bamim (aquela que quer construir o Porto Sul e acabar com o restinho de Paraíso desta terra)
Resumindo: Gente, eu já estava trabalhando na Mostra quando a produção aceitou um patrocínio miserável da Bamim. Sou a pessoa mais contra o Porto Sul do planeta. O que eu faço meu Pai Oxalá? Meu marido não trabalha, preciso levar o qualquer pra casa. Porque a circunstância teima tanto em me desdizer???

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